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Mostrando postagens de junho, 2011

Pequenas Crônicas - Amigos Amantes

21 de Agosto de 2009 Não compreendo por que o vento sopra a desfavor das grandes amizades entre homens e mulheres, nem ao menos por que ele gosta de germinar dentre esses casais a semente do amor ou da paixão. Parece impossível, a meu ver, esse tipo de amizade seguir em frente sem que um ou outro passe a nutrir sentimentos ocultos, por mínimos que estes sejam, pelo próximo. Com o tempo surgem os ciúmes tolos, as briguinhas sem sentido, as saudades inevitáveis... Mas que fazer? Amizades são assim mesmo... Agora passe a prestar bastante atenção, pois se você tiver uma grande amizade do sexo oposto e não sentir nada além de amizade por essa pessoa, talvez ela te ame às escondidas. Se for então essa pessoa que não pareça sentir nada além de amizade por ti, talvez seja você a pessoa apaixonada que esconde de si mesma grandes sentimentos... Mas quem sabe se ambos se amam e nenhum dos dois sabe? (Se você é mulher, se considera minha amiga e está lendo isso... talvez eu te ame, talvez nã

Pequenas Crônicas - Imortalidade Poética

14 de Agosto de 2009 Poetas não morrem, vivem eternizados em suas obras. E mesmo que qualquer destes seja um amador - como eu - que será lido por poucas pessoas, talvez nunca lido, ele sempre existirá em algum lugar, jogado, esquecido. Até que um dia alguém o achará e por mais que nunca o entenda - pois creio eu que nenhum poeta, nem pessoa, possa realmente ser entendido - tenho certeza de que esse desconhecido leitor pelo menos conhecerá um pouco do próprio poeta, que até o próprio considerava inentendível. Assim o poeta viverá não apenas em sua obra, mas também - talvez por pouco tempo - em parte da alma daquele leitor desconhecido... (Escrevi essa no dia seguinte depois de ter lido todas as obras do Grande Quintana. Foi inevitável, ele passou a fazer parte de mim junto com o Mestre Graciliano - outro que eu também já li a coletânea completa. Eles dois são hoje como pais, tios e avôs que sempre estiveram presentes sem eu perceber. E agora eu me agonizo com saudades, nem mesmo pro

Pequenas Crônicas - Onipiada

11 de Agosto de 2009 Hoje estou num dia daqueles em que você acaba tendo a certeza que faltava de que a vida é apenas uma grande piada. Nada além da maior piada contada em toda a existência. Um dos fatos que comprovam isso é a seriedade do amigo leitor enquanto absorve um tanto atônito essa minha afirmativa. - Como assim? – o leitor pergunta, e eu respondo aqui da pior forma possível. O fato é simples, nós somos meros mortais, simples e meros humanos tolos que buscam uma resposta para infindos “Por quês?”. Mas a piada não, essa piada da qual todos fazemos parte é de origem superior, divina, uma “onipiada”, a piada mor de todas as piadas! Como nós, reles mortais, podemos entender uma piada que necessita um mínimo de deidessência? Essa é a questão. Talvez depois de mortos, como espíritos (ou seja lá o que for que talvez nos espere no pós-morte), possamos entender algumas palavras dessa piada tão confusa e desumana. Ou talvez depois que esse dia acabar, minha opinião sobre a “onip

Pequenas Crônicas - Solidão

9 de Agosto de 2009 Domingo, dia dos pais. Família reunida na casa de uma tia minha para comemorar a data... Sorrisos, conversas, fofocas, possíveis leves intrigas familiares... e eu não estou lá. Tudo por que “algo” me disse que eu não deveria estar lá, mas não sei exatamente dizer o que é esse “algo”... Provavelmente foi meu lado anti-social, estou quase três semanas sem ver ninguém, trancado em casa apenas dormindo, lendo, assistindo filmes e seriados, enfim: quase não tenho vivido. Essas coisas me desacostumam, sou muito fácil de me adaptar a diferentes situações, minha atual situação é a solidão. Gosto da solidão, é uma ótima companheira, sabe respeitar o silêncio alheio como ninguém. No fundo é bem provável que eu fosse adorar estar lá com a família toda, faz tempo que não vejo alguns deles, uma pessoa em específico mais que todas... Entretanto, hoje só quero duas companhias: meus persistentes pensamentos e minha amada solidão. Essa última sabe repeitar nosso silêncio e e

Pequenas Crônicas - Sonhos

8 de Agosto de 2009 Hoje foi mais um dia cheio de sonhos. Certas vezes, quando acordo e não tenho nenhum compromisso de importância no dia, continuo deitado na minha cama por algum tempo sonhando acordado. Penso em familiares, pessoas queridas, pessoas desconhecidas, morte, vida, agora, ontem e amanhã... Coisas que já aconteceram, momentos que ainda viverei e vidas que nunca vivi, que provavelmente também nunca nascerão. Como já disse antes, é de mim, acima de tudo, sonhar, pois sou um eterno sonhador. Os sonhos são os últimos que morrem, pois a esperança é feita de sonhos. (Edição: Cá está meu martírio... Só por que quis inserir um título simples como "Pequenas Crônicas - Sonhos" as duas palavras Crônicas e Sonhos quando pesquisadas no google acabam dando nessa minha Pequena Crônica que tem sido amplamente roubada por alunos preguiçosos quando seus professores passam como dever de casa uma crônica cujo tema seja "sonhos". Que fazer? Agora tenho uma "Pequ

Pequenas Crônicas - Ciúmes

7 de Agosto de 2009 O ser humano age de maneiras estranhas dependendo das diferentes situações em que ele se envolve. Um dos comportamentos humanos mais curiosos é o modo como nos emburramos com pessoas queridas por conta de tolos ciúmes. Talvez seja por que o sentimento por aquela pessoa não seja de todo verdadeiro, pois eu penso que quando se gosta realmente de alguém e se confia mesmo nessa pessoa não existe motivo para ciúmes, a não ser que estes não sejam assim tão fúteis. Mas talvez eu apenas esteja esquecendo que às vezes não conseguimos admitir que é o medo de perder a pessoa querida que nos deixa com esses meros ciúmes tolos... (Nota: fiquei sem net ontem e voltou só agora, desculpem a ausência, já estou indo visitar meus blogs queridos. =)

Pequenas Crônicas - Crenças Infantís

5 de Agosto de 2009 Lembro que, quando pequeno, olhava para a lua e em algumas noites percebia aquele belo “halo” angelical que parecia ser feito das cores do arco-íris e a circudeava. Achava que apenas eu o via e dei a ele o carinhoso significado místico de mau agouro. Depois que aprendi sobre o arco-íris e seu efeito prisma, pressupus que aquele “halo místico” fosse apenas o luar refletido na umidade das nuvens e, já descrente, me desapontei. Hoje, sempre que olho para aquele efeito do luar refletido na umidade das nuvens, um lado meu insiste em ver um “halo místico” que significa mau agouro. Gostaria de ainda vê-lo assim, não por gostar de agourar a vida alheia, mas pelo simples fato da crença... O mais curioso dessa boba história é que sempre que via o “halo místico” notícia ruim chegava depressa, era certo como uma flecha de Guilherme Teo. A questão que martela minha cabeça de prego é: “No que acreditar então?”...

Pequenas Crônicas - Onde vivo?

3 de Agosto de 2009 “Não nasci para viver em meio a outras pessoas, nasci para viver acerca de minhas próprias sombras...”; escrevi um dia em meio a um conto ou esboço de crônica, mas nem me lembro agora quando, como ou onde escrevi isso. Talvez eu devesse apenas mudar uma única palavra; trocar sombras por sonhos... Não por que todos querem trocar suas sombras por sonhos, mas por que sozinho sou feito mais de sonhares que de assombrações. (Nota: Como eu disse antes, cada uma das "Pequenas Crônicas" foram escritas mais para expor um ou outro pensamento tolo que bate em minha cabeça, por essas e outras que disse não saber se deveria chamá-las realmente de crônicas. São apenas escassos pensamentos soltos nas labirínticas florestas da minha mente... E essa "Pequena Crônica" demonstra bem isso. Como nota adicional quero dizer que estou desanimado até mesmo para leituras que me cativem de começo, por isso peço perdão pela ausência e obrigado pela compreens ão. Ah, quase

Pequenas Crônicas - Devaneio Matinal

2 de Agosto de 2009 Ontem – ou talvez fosse melhor dizer hoje – eram já seis horas da madrugada e eu ainda acordado, lendo Mário Quintana. Decido que meu dia está finalmente encerrado, decido finalmente repousar meu corpo cansado. Marco a página do livro com uma moeda de dez centavos, pouso minha cabeça no travesseiro e me recolho para meu cobertor pulguento. Acabo tendo alguns minutos de insônia e vou dormir apenas lá pras sete. Nessa hora meus pensamentos me despertam... quando estava finalmente quase conseguindo dormir, e percebo que os primeiros sons do “novo dia” – que pra mim já não tem nada de novo – são os cantos dos pardais vizinhos: “Os pardais são os despertadores de Deus...”. Por fim os cantos amigos começam a me deixar sonolento e novamente Morpheu decide jogar sobre mim seu eterno manto ao qual deixo mais uma vez esse mundo e adentro o sonhar, mas ainda pensando: “...tais aves também são o sonífero dos insones”.

Pequenas Crônicas de Um Escritor Amador

(Nota Inicial: Aqueles que já acompanham esse meu canto de atrocidades peculiares já leram a respeito desse meu pequeno projeto insano que havia sido indefinidamente interrompido, pois bem, vou postar todas as minhas "Pequenas Crônicas" aqui no blog, sei lá, fiquei com vontade... =p Na época que as escrevia eu apenas colocava a data em que concebi a idéia, aqui vou colocar a data de concepção e o título que criei ao postar no recanto. No final da postagem também vai ter as minhas inquietas anotações chatas sobre detalhes fúteis e desinteressantes. Hoje vamos ficar apenas com a introdução besta. ^^) Para começar... ...quero deixar claro que inicio essa idéia parcialmente sem um objetivo, apenas atendendo um desejo de minha mente – talvez de minha inspiração. Mas para não deixar um possível leitor que tais crônicas venham a ter no escuro, explico que parte desse objetivo fragmentado e incerto é uma vontade que tenho de guardar alguns de meus muitos pensamentos que por vezes a

Quarto Branco

(Eu demorei pra postar por que estava esperando alguma manifestação da inspiração, mas parece que continuo sem nada por enquanto, então resolvi postar um conto que apesar de não ser muito recente eu escrevi no final do ano passado. É outro dos grandes então... paciência. ^^ Quase esqueci de mencionar, esse conto eu escrevi baseado num sonho que eu tive ano retrasado e foi tão vívido que ficou na minha cabeça.) Ele não se lembrava de nada e não fazia a mínima idéia do que tinha acontecido. Parecia que havia atravessado um tipo de porta sem porta e quando se deu conta estava naquele estranho quarto. O lugar era pequeno, um pouco maior que o quarto que ele tinha quando era criança e morava com os pais. A porta por onde entrara ficava rente à parede esquerda do quarto. À sua direita ele podia ver uma pequena cozinha com fogão, pia e geladeira. Um pouco mais à frente, separada da cozinha por um muro divisório de um metro e meio, estava uma espécie de sala com sofá e rede. Diretamente à sua