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Mostrando postagens de setembro, 2011

Crono-Monstro

"Tic, tac..." Fica o relógio a aterrorizar. Corremos com medos de sermos pegos por esse que a todos devorará... Mal percebemos que tempo não corre... O relógio é apenas um avatar distorcido, uma quimera monstruosa de uma entidade invencível. Correr dele nos faz dar vãs voltas que nos levam direto ao que tanto tentamos evitar... Ele é esperto. Fica apenas parado, quieto... Nos observa fugirmos do existente perseguidor invisível. No final caímos em seus braços... exaustos, derrotados, perdidos. Então ele sorri e nos engole sem nem pestanejar.

Pequenas Crônicas - Amor Esganado

Quando eu amo sou assim... Sem limites, sem fronteiras, sem definições, sem razão. Sinto uma vontade esganada de arregaçar a caixa toráxica, quebrar todas as costelas e arrancar o coração só pra dar pra esse alguém que amo... (vontade essa que sinto agora). ... mas que fazer quando o alvo desse amor não ama da mesma forma?

Estranho Amor

(Baseado em fatos surreais...) Ele amava a chuva. Ninguém compreendia como ou por que, mas ninguém precisava. Ele apenas a amava e era isso. Mesmo antes de começar a cair a primeira gota ele já estava lá fora esperando por ela. Quando começava a chover ele a sentia por completo, deixava ela percorrer todo seu corpo e suas roupas. Sentia-a atravessar cada brecha entre as linhas do tecido pra sentir seu corpo e sorvia cada gota que umedecia seus lábios, não a bebendo, mas a beijando. "Insano!"; todos diziam. "Vai pegar uma pneumonia!"; insistiam, mas ele não se importava, sabia que sua amada nenhum mal nunca lhe causaria. Queria apenas amá-la e amá-la. Senti-la e depois correr com ela pelas ruas da vida... E ele corria! como se tentasse agarra-la mais do que já fazia. E agarrava, mas ninguém percebia. Uma vez lhe perguntaram: "Como pode você amar a chuva?" E ele respondeu com um sorriso: "Por que eu sou o vento..." O tempo passou, a vida