Pequenas Crônicas - Imortalidade Poética

14 de Agosto de 2009

Poetas não morrem, vivem eternizados em suas obras. E mesmo que qualquer destes seja um amador - como eu - que será lido por poucas pessoas, talvez nunca lido, ele sempre existirá em algum lugar, jogado, esquecido. Até que um dia alguém o achará e por mais que nunca o entenda - pois creio eu que nenhum poeta, nem pessoa, possa realmente ser entendido - tenho certeza de que esse desconhecido leitor pelo menos conhecerá um pouco do próprio poeta, que até o próprio considerava inentendível.

Assim o poeta viverá não apenas em sua obra, mas também - talvez por pouco tempo - em parte da alma daquele leitor desconhecido...

(Escrevi essa no dia seguinte depois de ter lido todas as obras do Grande Quintana. Foi inevitável, ele passou a fazer parte de mim junto com o Mestre Graciliano - outro que eu também já li a coletânea completa. Eles dois são hoje como pais, tios e avôs que sempre estiveram presentes sem eu perceber. E agora eu me agonizo com saudades, nem mesmo profundas releituras de suas obras conseguem aliviá-las... Não admito não tê-los conhecidos pessoalmente... Agora só me resta esperar que meu fim seja o começo dessas amizades que tive e não tive.)

Comentários

  1. Graciliano era (é) meu conterrâneo, você sabia, né? Fiz trabalhos a partir de obras dele na faculdade que nem concluí...

    O poeta consegue se imortalizar sem fazer esforço algum pra isso... Ele apenas deixa fluir a absurda sensibilidade, a genial habilidade para dizer em palavras... E mesmo quando não o compreendem, mesmo quando tentam buscar as tais mensagens ocultas por trás dos seus verbos, ainda assim é sublime caminhar consigo.

    Beijos, olhão de poeta.

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  2. Poetas são imortais neste sentido..eles se vão..mas suas obras
    ficam..mesmo que só um leitor o tiver lido..tera valido a pena.....mesmo assim..se só o poeta conseguiu se expressar para si mesmo..ainda assim tera valido a pena..
    Parabéns!
    bj
    Ma

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  3. Acho que o bom de ser poeta é que ele é poeta na essência, se for lido melhor, mas se nao for, tudo bem também.

    Ri muito com a história dos ombros hehe

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