Valsa Quimérica

 Hoje eu acordei feliz, tive um sonho bom. Um desses sonhos que você nem sabe se você é você, sabe? Mas no fundo, até que sabe.

 Eu não estava sozinha. Tinha alguém ali comigo, me abraçando de um modo carinhoso. Sem apertar, mas sem deixar soltar. De um jeito que nem queria que soltasse mesmo. Não conseguia ver o rosto dele, mas não importava...

 Ele se preocupava, coma  situação, com o abraço, como se fosse algo proibido, mas eu o acalmava, dizia que era só um abraço, não estávamos fazendo nada de mais. Falava pra ele esquecer o resto e se deixar levar só um pouco por aquele momento, mesmo que logo acabasse.

 Não tinha reparado, mas estávamos dançando. A quanto tempo seŕa que estávamos? Nem tinha música, mas não era estranho. Era tão natural quanto respirar. Cada movimento, cada passo, cada gesto, tudo encaminhando como o enredo de um livro. Tudo à seu tempo certo.

 De repente uma lágrima. Ele queria, mas não podia, isso o magoava, mas eu conseguia confortá-lo mesmo assim e isso era bom. Não queria mais nada além disso. Continuamos dançando num ritmo sem ritmo.

 Era só isso. Um abraço, uma lágrima, uma dança, um momento. Só isso e mais nada.

Palavras do Autor

 Esse micro-conto de hoje foi um pedido. Eu também não tava com ideia pra escrever nada então foi quase um pedido reciproco. Ela deu a ideia e eu dei o conto.
 Não sei se ficou bom ou ruim. Nem sei se ela vai gostar. Mas eu gostei de escrever.
 Amo escrever sonhos, então já vale a pena. :)

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