A Tulipa
Ao observar uma flor -
tulipa amarela, muito bela -
um jovem pensa e revela
todas suas faces secretas.
“Ignorando o ditado,
com essa flor eu bateria
numa mulher - pura esquizofrenia!
Preferia comê-la com aspargos.”
Proclama a máscara do palhaço.
“Queria ser como a abelha
que voa de flor em flor.
Experimenta cada aroma e pólen
sem nenhuma vergonha ou pudor.”
O manipulador sussurra inquieto.
“Cultivá-la ou arrancá-la;
controlar morte e vida.
Brincar de Deus
com uma tulipa.”
Diz secamente o anjo caído.
“Queria ser como ela
possuidora de belas pétalas simétricas,
mas sou um trevo quimérico:
quatro folhas incertas,
difusas e transgênicas.”
O jovem pensa sem vida.
-----
Mais uma do meu acervo antigo pessoal. Depois de um comentário que escrevi no blog da Cris a uns dias atrás lembrei dessa poesia.
PS: Acho que estou que estou com dor de garganta. Na verdade eu estou com uma certa dor de garganta, mas não sei se é dor de garganta mesmo ou se é só "dor de garganta"... se é que vocês entenderam...
Hahahah...
ResponderExcluirVocê e seus "acho que"... Mas não deixe de fazer um gargarejo, procurar um médico, ver o que há com sua garganta!
E achei muito legal! Seu acervo pessoal é bastante interessante! Muito bom quando resolve postá-los aqui!
Bjo! =*
Bom dia, querido amigo.
ResponderExcluirQue poema maravilhoso!!
Amei...
-------------------------------
Quanto a dor de garganta, eu não entendi não...
Um grande abraço.
Tenha um lindo dia de paz.
Bom dia!!!
ResponderExcluir