A Flor Esquecida

Era uma vez, tempos atrás...
...em uma terra desconhecida pelos demais.
Uma lenda sem princesa, cavaleiro ou dragão.
Cuja história os bardos nunca cantaram.
Havia apenas uma flor pequena...
...tulipa branca que sob o sol se fechava,
Mas sob o luar sempre reflorescia.
Em cada florescer mostrava seu grande segredo...
...sua verdadeira face, humana,
Desapegada de pecados ou desejos.
Possuía não só face, como também corpo,
Este talvez menor que um polegar.
Pernas enraizadas entre as pétalas...
...incapazes de um simples caminhar.
Inocência e aparência de criança de colo...
...com ares feéricos únicos de sua espécie,
Expressados em olhares tristes, cheios de medos.
Medos esses de nunca realizar seu maior sonho.
Sonho esse de poder um dia sair daquele solo.
Suas raízes a impediam de conhecer novos lugares...
...cravadas na terra, como uma prisão necessária.
O vento era seu único companheiro.
Tentava suprir suas eternas esperanças...
...de que um dia alguém a encontraria.
E esse era seu maior anseio.

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Outra poesia velha.

Que fazer se eu amo contos de fadas?

Abraços.


PS: PC dando pau, fritando a cabeça para resolver problemas dele.

Comentários

  1. Olá, amigo.Obrigada pela leitura, eu tb leio o seu blog, um pouquinho por dia, pois quero ler todos da lista.
    Eu compreendo que as pessoas nao leiam sempre o meu, sei que são muitos blogs e muitas leituras.
    Olha só, nao se costuma contar as palavras de um verso, mas sim, conta-se as sílabas poéticas de cada verso, e isso vc sabe bem, chama-se escanear.
    Na verdade eu nao escaneio meus versos, eles saem naturalmente com rimas e métrica, sem nenhum esforço, assim como os antigos cantadores do nordeste fazem. Eu nao escaneio, portanto aqui e ali um verso vai sair com uma sílaba poética a mais, mas isso é raro, eu costumo fazer como se uma batida na mesa fosse me orientando, os versos saem naturalmente com rítmo.
    Quem trabalha com versos livres também consegue alcançar esse rítmo, é so praticar.
    Se quiser veja meu poema chamado Fogueira de Egos, no blog. São versos brancos, sem rima, mas eles tem uma "batida" legal, para perceber essas batida a pessoa tem que ter ouvido bom e recitar os versos dividindo as sílabas poéticas mentalmente, como se estivesse batendo mesmo no tampo de um mesa.
    para treinar rimas e métrica é ótimo fazer trovinhas de quatro versos, uma excelente prática.

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  2. Oi Fernando, eu tenho um selo pra te presentear, dá um pulo lá no meu blog.

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