O saboroso despertar da Chuva...

Ainda não tinha acabado de chover e ela já estava a caminhar fora de casa como se o dia fosse o mais belo dos belos. Os céus ainda estavam escuros, o anoitecer estava solitário e frio, mas ela gostava daquela penumbra, daquele ar puro de tão gelado. As ruas jaziam quase desertas porque muitos se abrigaram e mesmo aqueles que tinham pressa também tinham medo daqueles finos líquidos que os acertavam como micro-estacas... Mas não ela. A chuva apenas servia para lavar sua alma, fazê-la renascer como um ser mais perfeito do que já era. Sua vida não se iniciava, nem terminava. Recomeçava.